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A ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ - PARTE 4

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 >> Continuação da parte número 3 dessa cativante história. Membros da Comissão de Estudos da Estrada de Ferro do Madeira e Mamoré 1882-1883 Fracassam os americanos Face o pânico verificado entre os investidores da Bolsa de Londres com os rumos da construção da ferrovia, o Cel. Church tentou restabelecer a confiança no empreendimento, conseguindo que uma empreiteira americana, a Dorsay & Caldwell assumisse o compromisso de construir os primeiros 15 km da ferrovia, apenas utilizando-se dos materiais abandonados em Santo Antônio pela Public Works. Para isso, um contrato foi assinado em 17.09.1873 e em 24.01.1874 chegou a Manaus um grupo de engenheiros e ajudantes, decididos a tomar as medidas e providências necessárias para a retomada do empreendimento. Porém, dias após sua chegada à Santo Antônio, o grupo volta, devido ao falecimento de um dos seus integrantes, tendo portanto fracassado mais uma empresa em lançar mão da contrução dessa ferrovia. A retomada da construção...

A ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ - PARTE 3

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Engenheiros e topógrafos da Madeira-Mamoré Railway, 1908. Entre eles há um brasileiro, o Eng. baiano Diogo Braga de Andrade.   >>  Continuando com essa cativante história sobre os primórdios da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Tentativas de construção Inglesas e Americanas A região, A região localizada no interior do antigo Território do Guaporé, fronteiriço com os estados do Amazonas e Mato Grosso, no lado Brasileiro, e com a Bolívia, representava importante fonte de fornecimento da borracha natural, extraída da seringueira ( hevea brasiliensis ), árvore natural da região. Desde que a borracha começou a ser explorada seu o transporte até os portos de mar sempre foi feito em canoas que desciam os Rios Madeira e Mamoré, efetuando a ligação entre Guajará-Mirim e Santo Antônio, onde os vapores (embarcações de maior porte) atracavam. Antes porém do rio Madeira transformar-se em um rio que corre mansamente pela planície Amazônica até encontrar-se com o rio Amazonas, os viajan...

A ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ - PARTE 2

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Engenheiros e trabalhadores da Madeira-Mamoré Railway em frente a uma grande Samaúma, na região dos primeiros acampamentos de Porto Velho, em 1908, para derrubá-la.  >> Continuando com essa cativante história sobre os primórdios da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.      A região atravessada pela ferrovia durante o início do século era praticamente inexplorada ainda, pois se é verdade que há cerca de dois séculos os comerciantes desciam os rios para efetuar seu comércio, também era verdade que muito pouco havia sido explorado ou desenvolvido ao longo de suas margens pelos quase 400 Km de rios. Cachoeira de Teotônio, uma das quase 20 corredeiras que impediam o transporte das navegações, em registro de 1909, por Danna B. Merrill. O notável fotógrafo da Ferrovia Madeira-Mamoré ao lado de índios caripunas, nas proximidades do rio Mutum-Praná, registro de 1909.      Com a construção da ferrovia e conseqüente exploração mais a fundo das matas ao longo d...

A ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ - PARTE 1

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Engenheiros contratados pela Madeira-Mamoré Railway no ponto incial em Porto Velho, 1908. A Estrada de Ferro Madeira Mamoré, localizada no interior da Floresta Amazônica, é uma das menos conhecidas e mais faladas ferrovias nacionais e quem sabe do mundo, pois ainda hoje são grandes a mística, as lendas e as histórias que cercam sua idealização, construção e operação nos confins do Brasil, por uma gama de homens corajosos e decididos, que levaram o progresso a uma região até então virtualmente inexplorada e selvagem, pagando para isso um preço altíssimo em termos de vidas humanas perdidas, reputações criadas e destruídas, perdas materiais e muitos atos de heroísmo e lições de dedicação, etc... Engenheiros e trabalhadores localizados na região de Porto Velho com equipamentos para uma serraria a vapor, em 1908. Delírios ufanistas, razões de ordens estratégicas e econômicas, sonhos da descoberta de um "Eldorado" na região, muitas foram às motivações que levaram mil...

O RESGATE DA HISTÓRIA ATRAVÉS DE RETALHOS !!

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Imagem de Porto Velho, onde hoje é a estação da EFMM em seu início, 1908.  Hoje em dia muitos me fazem uma pergunta que até pouco tempo atrás eu não saberia responder: se sou um historiador! Pois bem, claro me sinto honrado em ser chamado assim, muitos me equiparam aos grandes historiadores de nossa Rondônia que tem todo um estudo em sua bagagem, formação acadêmica, mestrado, etc., enfim.. mas o fato é que sou apenas um entusiasta de nossa história regional, alguém que com grande curiosidade e amor pela nossa história passou a pesquisar de todas as formas possíveis registros, textos, recortes e matérias a respeito da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré desde os primórdios de sua construção até o pós-desativação, sobre minha cidade Porto Velho, como eram as décadas de ouro no período em que só havia a ferrovia e o rio madeira como fonte de acesso e transporte. Posso afirmar com tranquilidade que sou um Pesquisador, daqueles que não param enquanto não encontra algo novo, nunca visto...

UM POUCO DE HISTÓRIA – O POVOADO DE SANTO ANTÔNIO

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Uma rua na antiga vila de Santo Antonio do Madeira, 1911. Igrejinha de Santo Antonio, anos 80. A localidade de Santo Antonio do Rio Madeira situada a 7 Km de Porto Velho, foi originalmente ocupada por grupos indígenas, cujos testemunhas culturais remontam a 286 anos depois de Cristo.             Com a chegada dos ingleses pela companhia Plubic Works em 1872, dos norte-americanos pela companhia P & T Collins em 1878 para a construção da ferrovia, houve mais um inicio de povoamento.             No inicio do século XX, a penetração em Rondônia passou a ser desempenhada por um expoente básico: a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, surgia como uma conseqüência política da anexação do Acre ao Brasil mediante compromisso entre o Brasil e a Bolívia.             A Madeira-Mamoré Railway Company que const...

DA SÉRIE “FIGURAS HISTÓRICAS " Primeiro PREFEITO DE PORTO VELHO, do Território Federal"

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Prefeito Mário Monteiro      Depois que foram criados, pelo Decreto Lei nº 5.812, de 13 de setembro de 1943, os Territórios Federais e instalado o governo Território Federal do GUAPORÉ em 29 de janeiro de 1944, no dia 2 de fevereiro do mesmo ano, o governador Aluízio Pinheiro Ferreira nomeava o 1º prefeito do município de Porto Velho.          O nome do escolhido foi o do amazonense Mario Monteiro, nascido a 1º de maio de 1907, em Manicoré, filho de Joaquim Monteiro, português e de Corina Barbosa Monteiro. Exercia a chefia da 4º Divisão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré – engenharia e Via Permanente, na ausência do titular efetivo. Essa função de direção exerceu-na por diversas vezes e por longos períodos.          Fez seus estudos primários no Colégio Dom Bosco de Manaus e o secundário no Liceu de Porto, em Portugal. Casou-se em primeiras núpcias com a professora Isaura Borges, de cu...

"LEMBRAR É PRECISO... SEMPRE!!"

E não é eufemismo, precisamos sim, lembrar de tudo o quanto é ou foi bom em nossas vidas. Desde que o mundo é o mundo, se vive de lembranças, sejam elas ruins, boas, passageiras, eternas. Logicamente, o que sempre queremos preservar, é o que está mais próximo da gente, um grande amor que passou pela nossa vida, uma grande amizade, um ente querido que partiu, grandes eventos que nos marcaram. Historicamente falando, se não há o que conhecer, também não há o que se lembrar. O pior de tudo é que certas coisas vão desaparecendo, por culpa nossa, as vezes nós mesmo destruímos a memória daqueles que lutaram bravamente para   que as pessoas se lembrassem de seus feitos no futuro. E o futuro? Se não há um passado a se lembrar, pode haver um futuro? Depende de nós. Um bom conselho, trabalhem o cérebro, para que possa fluir as idéias, os sentimentos, e principalmente, as lembranças, de tudo aquilo que se valha a pena lembrar.  Aguardem, daqui uns dias, postarei uma série de tiras com a ...

DA SÉRIE “FIGURAS HISTÓRICAS” – DA FUNDAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO - Parte 5

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 Dr. Joaquim Augusto Tanajura, fundador do Alto Madeira em 15 de abril de 17 e 2º Superintendente de Porto Velho    O Município de Porto Velho foi instalado em 1915 sem possuir área destinada para a sua administração, mesmo porque o seu primeiro Superintendente, Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense, nomeado pelo governador do Amazonas, não possuía um lugar de sua propriedade. O intrépido Major Guapindaia valendo-se do falto de já existir a antiga povoação Porto Velho, também ocupada pela Estrada de Ferro Madeira Mamoré Railway Company, presidiu a instalação do Município na casa de Manoel Felix de Campos, à Rua Rio Branco, hoje centro comercial. O primeiro Superintendente (prefeito) a principio acolhido gentilmente pelos arrendatários, administradores da Empresa, americanos, enfrentou os maiores problemas para organizar o núcleo urbano, pois os terrenos da povoação desde 1911 haviam sido desapropriados pela União, um quadrilátero de cinco mil metros para os serviços d...

DA SÉRIE “FIGURAS HISTÓRICAS” – DONA LABIBE BARTOLO - Parte 4

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Jornal Diário da Amazônia - 22 de Janeiro de 2005 Reportagem da Coluna do Zé Katraca ELA ESTAVA NA FESTA DA INSTALAÇÃO DE PVH Naquele dia 24 de janeiro de 1915, uma menina sapeca se espremia no meio da multidão, para ver a solenidade de instalação do Município de Porto Velho. Era a Labibe Bartolo hoje, prestes a completar 96 anos de idade “Nasci no dia 13 de Maio de 1909 em Manaus e vim pra cá com apenas 3 anos de idade”.1909, justamente dois anos apos o inicio da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Sendo assim, podemos afirmar com precisão, que dona Labibe é a única pessoa viva, que assistiu a inauguração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1912, a transformação de Porto Velho em município em 1915. “O Esron quando da instalação do município era um bebê de um mês de idade”. Completamente lúcida, dona Labibe apesar de ter sido uma pessoa ligada em arte e cultura e de ser mãe de cinco filhos vivos (Walter Bartolo, Joaquim e Rodolfo Carola, Fátima e Raquel), jamais foi reco...